O ativismo das mulheres negras escravizadas no Brasil colonial e pós-colonial, no contexto da América Latina

Autores/as

  • Maria Amoras Universidade Federal do Pará, Faculdade de Serviço Social e Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Belém, PA, Brasil https://orcid.org/0000-0003-0785-4490
  • Solange Maria Gayoso da Costa Universidade Federal do Pará, Faculdade de Serviço Social e Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Belém, PA, Brasil https://orcid.org/0000-0002-5542-3663
  • Luana Mesquita de Araújo Universidade Federal do Pará, Faculdade de Serviço Social, Belém, PA, Brasil https://orcid.org/0000-0002-3631-7873

DOI:

https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202128

Palabras clave:

Feminismo Negro, Mulheres Negras, Território Tradicional, Diáspora, América Latina

Resumen

Este artigo é parte de uma pesquisa maior que investiga o protagonismo das mulheres quilombolas na luta pelo território em duas regiões brasileiras: Norte e Sul. Ele apresenta os resultados de uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL), artigos, teses e dissertações, que buscou responder à seguinte pergunta: quais as condições de vida e as estratégias de resistência das mulheres negras escravizadas no contexto de colonização da América Latina e, particularmente, do Brasil? Para isso, analisa a produção científica dos últimos cinco anos a respeito das estratégias de organização social e política dessas mulheres nos séculos XVIII e XIX. Os resultados das análises apontam que a “abolição ou anulação” da escravidão não se deu sem os ativismos dessas mulheres, que resistiram de diversas formas nos espaços público e privado, embora tenham permanecido invisibilizadas pelas intersecções de gênero, raça e classe e suas inúmeras tessituras nos sistemas de dominação.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Maria Amoras, Universidade Federal do Pará, Faculdade de Serviço Social e Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Belém, PA, Brasil

Antropóloga. Doutora em Ciências Sociais – Antropologia. Professora Adjunta da Faculdade de Serviço social e do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Pará.

Solange Maria Gayoso da Costa, Universidade Federal do Pará, Faculdade de Serviço Social e Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Belém, PA, Brasil

Assistente Social. Doutora em Ciências Socioambientais. Professora Associada I da Faculdade de Serviço Social e do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Pará.

Luana Mesquita de Araújo, Universidade Federal do Pará, Faculdade de Serviço Social, Belém, PA, Brasil

Graduada em Licenciatura Plena em Letras – Língua Portuguesa pela Universidade do Estado do Pará. Graduanda do curso de Serviço Social da Universidade Federal do Pará.

Citas

ARIZA, M. B. Mães libertas, filhos escravos: desafios femininos nas últimas décadas da escravidão em São Paulo. Rev. Bras. Hist., São Paulo, v. 38, n. 79, p. 151-171, 2018.

BARRETO, V. Q. Da escravidão à liberdade: a história de Maria da Conceição, roubada e escravizada (Nazaré, 1830-1876). Estud. Hist., Rio de Janeiro, v. 32, n. 66, p. 101-122, 2019.

CABRERA, O. Gênero, sexo e raça e a formação de subjetividades femininas em Cuba, século XIX. Estud. Fem., Florianópolis, v. 25, n. 1, p. 117-145, 2017.

CARVALHO, F. P. Negras e negros na justiça de Buenos Aires: conflitos e solidariedade em tempos de escravidão. C.1750-C1820. 2019. Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019.

COLLINS, P. H. Aprendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro. Sociedade e Estado, Rio de Janeiro, v. 31, n. 1, p. 99-127, 2016.

COLLINS, P. H. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. São Paulo: Boitempo, 2019.

CUNHA, M. F. Casamentos mistos: entre a escravidão e a liberdade. Rev. Bras. Estud. Popul., São Paulo, v. 34, n. 2, p. 223-242, 2017.

ESTEVE, B. J. El comercio de esclavos a Cuba (1790-1840): una proporción femenina. Anu. Colomb. Hist. Soc. Cult., Bogotá, v. 41, n. 2, p.107-130, 2014.

GONZALES, L. Lélia Gonzalez: primavera para as rosas negras. São Paulo: CPA Editora, 2018.

HOOKS, b. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. Rio de Janeiro: Rosas dos Tempos, 2020.

IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Atlas da Violência 2019. IPEA, Brasília, 05 jun. 2019. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=34784. Acesso em: 15 nov. 2020.

KÜHN, F. O contrabando de escravos na Colônia do Sacramento (1722-1777). Tempo, Niterói, v. 23, n. 3, p. 443-463, 2017.

LIMA, I. S. A voz e a cruz de Rita: africanas e comunicação na ordem escravista. Rev. Bras. Hist., São Paulo, v. 38, n. 79, p. 41-63, 2018.

MELO, P. B. Matronas afropacíficas: fluxos, territórios e violências: gênero, etnia e raça na Colômbia e no Equador. 2015. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

MIRANDA, C.; SILVA, C. “Ponha os olhos em mim”: sobre direitos humanos e memórias de luta das mulheres escravizadas no Brasil. Plurais, Salvador, v. 4, n. 2, p. 92-115, 2019.

MOTA, A. S.; CUNHA, M. F. No âmago da africanização: pessoas negras e de cor nos mapas populacionais do Maranhão colonial (1798-1821). Rev. Bras. Estud. Popul., São Paulo, v. 34, n. 3, p. 465-484, 2017.

SANTOS, S. B. Ação política e pensamento das mulheres negras nas Américas: uma perspectiva sobre a diáspora africana. Espaço e Cultura, Rio de Janeiro, n. 38, p. 65-84, 2015.

TELLES, L. F. S. Teresa Benguela e Felipa Crioula estavam grávidas: maternidade e escravidão no Rio de Janeiro (século XIX). 2018. Tese (Doutorado em História Social) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.

Publicado

2021-11-29

Cómo citar

Amoras, M., Costa, S. M. G. da ., & Araújo, L. M. de . (2021). O ativismo das mulheres negras escravizadas no Brasil colonial e pós-colonial, no contexto da América Latina. Revista Brasileira De Estudos Urbanos E Regionais, 23. https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202128

Número

Sección

Dossier: Territorio, género e interseccionalidades