Usando “dinheiro de plástico” e planejando o futuro: consumo, crédito e nova subjetividade em cidades médias | Using "plastic money" and planning the future: consumption, credit and new subjectivity in mid-sized cities

Autores/as

  • Eda Maria Góes Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Departamento de Geografia, Presidente Prudente, SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.22296/2317-1529.2018v20n1p141

Palabras clave:

Consumo, crédito, financeirização, bancarização, práticas espaciais, cidades médias, produção do espaço urbano.

Resumen

Neste artigo, incorporamos as proposições de Lazzarato (2013) sobre a “produção do homem endividado”, central à compreensão da sociedade atual, como ponto de vista transversal à análise de entrevistas com citadinos de seis cidades médias brasileiras, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São Carlos e São José do Rio Preto (SP) e Londrina (PR). Realizadas no âmbito do Projeto Temático “Lógicas econômicas e práticas espaciais contemporâneas: cidades médias e consumo”, as entrevistas versam sobre o consumo e seus espaços, em sentido amplo. As referências ao uso do cartão de crédito e ao financiamento da casa própria, principalmente, mas também a empréstimos, cheques pré-datados, boletos bancários e cadernetas, em sua amplitude e diversidade vinculadas às diferenças entre as classes sociais e seus segmentos, e suas espacializações múltiplas e desiguais, possibilitam compreender os efeitos do processo de financeirização em sua relação com a ampliação da bancarização e do acesso ao crédito. 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Eda Maria Góes, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Departamento de Geografia, Presidente Prudente, SP, Brasil

graduada, mestra e doutora em História pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP); professora assistente doutora no Departamento de Geografia da UNESP, campus Presidente Prudente.

Citas

ALONSO, L. E. La era del consumo. Madri: Siglo XXI, 2006.

BAUDRILLARD, J. A sociedade de consumo. Lisboa: Ed. 70, 1991.

BAUMAN, Z. Vida a crédito. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

BOURDIEU, P. As estruturas sociais da economia. Lisboa: Instituto Piaget, 2001.

______. A distinção. Crítica social do julgamento. São Paulo: Edusp, Porto Alegre: Zouk, 2008.

BORGES, M. C. “Novo Shopping Ribeirão Preto: o “centro com ar-condicionado” – comparações entre os shopping centers de Ribeirão Preto – SP. Fapesp, 2016, Relatório de Pesquisa de Iniciação Científica.

CARDOSO, A. L.; ARAGÃO, T. A. Do fim do BNH ao Programa Minha Casa Minha Vida: 25 anos da política habitacional no Brasil. In: CARDOSO, A. L. O Programa Minha Casa Minha Vida e seus efeitos territoriais. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2013. p. 17- 65.

CORREA, R. L. Corporação, Práticas Espaciais e Gestão do território. Revista Brasileira de Geografia, v. 54, n. 3, p. 115-122, jul./set. 1992.

DAL POZZO, C. Fragmentação Socioespacial em Cidades Médias Paulistas. Os territórios do consumo segmentado em Ribeirão Preto e Presidente Prudente. 2015. 400 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Presidente Prudente, 2015. Disponível em: <http://www2.fct.unesp.br/pos/geo/dis_teses/15/dr/clayton_pozzo.pdf>. Acesso em: 12 maio 2017.

DUNKER, C. Mal-estar, sofrimento e sintoma: uma psicologia do Brasil entre muros. São Paulo: Boitempo, 2015.

GIDDENS, A. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.

GÓES, E. M.; SPOSITO, M. E. B.; SOBARZO, O. Urbanización difusa, espacio público e inseguridad. Ciudades, n. 77, jan./mar. 2008.

HARVEY, D. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1989.

HIRATA, F. “Minha Casa Minha Vida”: Política habitacional e de geração de emprego ou aprofundamento da segregação urbana? Revista Aurora, v. 3, n. 4, p. 1-11, 2009. Disponível em: <http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/aurora/article/view/1202/1070>. Acesso em: 12 maio 2017.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/>. Acesso em: 12 maio 2017.

LAZZARATO, M. La fábrica del hombre endeudado. Buenos Aires: Amarrortu, 2013.

MILANI, P. H. A produção da diferenciação socioespacial em Catanduva e São José do Rio Preto – SP: uma análise a partir do cotidiano dos moradores de espaços residenciais fechados. 2016. 252 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Presidente Prudente, 2016. Disponível em: <https://repositorio.unesp.br/handle/11449/148016>. Acesso em: 12 maio 2017.

LINDÓN, A. Geografias da vida cotidiana. In: ______; HIERNAUX, D. Tratado de Geografia Humana. Barcelona: Antrophos, 2006. p. 356- 400.

MELAZZO, E. S. Marília: especialização industrial e diversificação do consumo. Trajetórias de uma cidade média. In: SPOSITO, M. E. B.; SOARES, B. R. (Org.). Agentes econômicos e reestruturação urbana e regional. São Paulo: Outras Expressões, 2012. p. 161-279.

NERI, M. A nova classe média. São Paulo: Saraiva, 2011.

OLIVEIRA, V. F. Os sentidos da casa própria: condomínios horizontais populares fechados e novas práticas espaciais em Presidente Prudente e São Carlos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015.

PRÉVÔT-SCHAPIRA, M.; PINEDA, R. C. Buenos Aires: la fragmentación en los intersticios de una sociedad polarizada. EURE, v. 34, n. 103, p. 73-92, dez. 2008. https://doi.org/10.4067/s0250-71612008000300004

ROLNIK, R. Guerra dos lugares. A colonização da terra e da moradia na era das finanças. São Paulo: Boitempo, 2015.

SHIMBO, L. Z. Habitação social, habitação de mercado: a confluência entre Estado, empresas construtoras e capital financeiro. Belo Horizonte: C/Arte, 2012.

SILVA, W. R. Londrina e a reestruturação urbana. Atividades econômicas, papéis, agentes e escalas. In: ELIAS, D.; SPOSITO, M. E. B.; SOARES, B. R. (Org.). Agentes econômicos e reestruturação urbana e regional. São Paulo: Outras Expressões, 2013. p. 193-334.

SOUZA, J. Os batalhadores brasileiros. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2012.

SOUZA, M. L. Os conceitos fundamentais da pesquisa sócio-espacial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.

SPOSITO, M. E. B. (Org.). Cidades médias: espaços em transição. São Paulo: Expressão Popular, 2007.

______; GÓES, E. M. Espaços fechados e cidades: Insegurança urbana e fragmentação socioespacial. São Paulo: Ed. UNESP, 2013.WACQUANT, L. As prisões da miséria. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

Publicado

2017-11-30

Cómo citar

Góes, E. M. (2017). Usando “dinheiro de plástico” e planejando o futuro: consumo, crédito e nova subjetividade em cidades médias | Using "plastic money" and planning the future: consumption, credit and new subjectivity in mid-sized cities. Revista Brasileira De Estudos Urbanos E Regionais, 20(1), 141. https://doi.org/10.22296/2317-1529.2018v20n1p141