Naming names: an essay on native categories and their political implications

Authors

  • Ana Luiza Vieira Gonçalves Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e de Design, Programa de Pós Graduação em Planejamento Urbano e Regional, São Paulo, SP, Brazil https://orcid.org/0000-0003-4598-6400
  • Cibele Saliba Rizek Universidade de São Paulo, Instituto de Arquitetura e Urbanismo, São Carlos, SP, Brazil https://orcid.org/0000-0002-7871-5730

DOI:

https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202503pt

Keywords:

Inequality and Socio-Spatial Segregation, Socio-Spatial Segregation, Territory and Territorialities, Urban Occupations, Favelas, Native Categories, Violence

Abstract

This article has emerged from an initial concern centered around the naming of peripheral territories and their political and/or depoliticizing dimensions inherent in this process, which is intrinsically tied to the repertoire and categories (both theoretical and political) used to comprehend them. Building on this premise, we explore and elaborate on the implications of adopting the term "occupation" to describe peripheral territories in São Paulo. Our analysis engages with the complex interplay of political, ideological, and economic disputes involving different actors, including the State – expressed through institutional presence, police power, legislators, and laws, which generate diverse impacts on these territories – as well as distinct religious organizations, groups engaged in illicit markets, social movements, non-governmental organizations, private sector companies, residents, and academic institutions at both national and international levels. Drawing on empirical research conducted in the district of Grajaú, in the southern zone of the city of São Paulo, Brazil, this study challenges the uncritical adoption of seemingly native categories. Specifically, in the particular case studied, we advocate for the use of the category "favela" from a dissensual perspective, one that disrupts the sensory landscape, assigning it alternative denominations, and contesting meanings that have been instrumentalized by purportedly virtuous actions.

Based on empirical research carried out in the Grajaú district, in the South Zone of the city of São Paulo, we defend the use of the favela category from a dissensual perspective, focusing on the sensitive and giving it other names and disputing meanings instrumentalized by a supposedly virtuous action.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Ana Luiza Vieira Gonçalves, Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e de Design, Programa de Pós Graduação em Planejamento Urbano e Regional, São Paulo, SP, Brazil

Doctoral candidate in Urban and Regional Planning at the School of Architecture, Urbanism and Design, Universidade de São Paulo (FAU-USP) and a researcher at LabCidade. She graduated as an architect and urban planner (2020) from the Institute of Architecture and Urbanism at the Universidade de São Paulo (IAU-USP) and holds a master’s degree (2023) in Territorial Planning and Management from the Universidade Federal do ABC (UFABC).

Cibele Saliba Rizek, Universidade de São Paulo, Instituto de Arquitetura e Urbanismo, São Carlos, SP, Brazil

Full professor at the Institute of Architecture and Urbanism, Universidade de São Paulo (IAU-USP). Graduated in Social Sciences (1972) from the Universidade de São Paulo (USP), holds a master’s degree in Social Sciences (1988) from the Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) and a doctorate in Sociology (1994) from USP.

References

ADORNO, S. Violência e crime: sob o domínio do medo na sociedade brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

BENJAMIN, W. Documentos da cultura, documentos da barbárie: escritos escolhidos. São Paulo: Cultrix – Editora da Universidade de São Paulo, 1986.

BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.

CAMARGO, C. et al. São Paulo 1975: crescimento e pobreza. São Paulo: Loyola, 1976.

CASTRO, E. V. de. O nativo relativo. Mana, v. 1, n. 8, p. 113-48, 2002.

CHALHOUB, S. Cidade febril: cortiços e epidemias na Corte Imperial. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

CHALHOUB, S. Visões da liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

CHALHOUB, S. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da belle époque. Campinas: Editora Unicamp, 2012.

COIMBRA, C. Operação Rio: o mito das classes perigosas – um estudo sobre a violência urbana, a mídia impressa e os discursos de segurança pública. Rio de Janeiro: Oficina do Autor, 2001.

FELTRAN, G. de S. Trabalhadores e bandidos: categorias de nomeação, significados políticos. Temáticas, Campinas, v. 15, n. 30, p. 11-50, 2007.

FELTRAN, G. de S. Das prisões às periferias: coexistência de regimes normativos na “Era PCC”. Revista Brasileira de Execução Penal, v. 1, n. 2, p. 45-71, jul./dez. 2020.

FOUCAULT, M. Em defesa da sociedade: curso no Collège de France (1975-1976). São Paulo: Martins Fontes, 1999.

FOUCAULT, M. As palavras e as coisas. Uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo, Martins Fontes, 2000.

FOUCAULT, M. O nascimento da biopolítica: curso dado no Collège de France (1978-1979). São Paulo: Martins Fontes, 2008.

GONÇALVES, A. L. V. Quem corre pra viver, quem corre perigo: violência e produção do espaço periférico em São Paulo. 2023. Dissertação (Mestrado em Planejamento e Gestão do Território) – Universidade Federal do ABC, São Bernardo do Campo, 2023.

GRILLO, C. C. Da violência urbana à guerra: repensando a sociabilidade violenta. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 62-92, jan.-abr. 2019.

HIRATA, D. V. Produção da desordem e gestão da ordem: notas para uma história recente do transporte clandestino em São Paulo. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 4, n. 3, p. 441-65, jul.-set. 2011.

HIRATA, D. V.; GRILLO, C. C. Crime, guerra e paz. Dissenso político-cognitivo em tempos de extermínio. Novos Estudos Cebrap, São Paulo, v. 38, n. 3, p. 553-71, set.-dez. 2019.

KOWARICK, L. Viver em risco: sobre a vulnerabilidade socioeconômica e civil. São Paulo: Editora 34, 2009.

MACHADO DA SILVA, L. A.; MENEZES, P. V. (Des)continuidades na experiência de “vida sob cerco” e na “sociabilidade violenta”. Novos Estudos Cebrap, São Paulo, v. 38, n. 3, p. 529-51, 2019.

MANSO, B. P.; DIAS, C. N. A guerra. A ascensão do PCC e o mundo do crime no Brasil. São Paulo: Todavia, 2018.

MARICATO, E. Habitação e cidade. São Paulo: Atual, 1997.

MISSE, M. Violência e teoria social. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 9, n. 1, p. 183-204, 2016.

MISSE, M. et al. Entre palavras e vidas: um pensamento de encontro com margens, violências e sofrimentos. Entrevista com Veena Das. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 5, n. 2, p. 335-56, 2012.

OLIVEIRA, F. de; RIZEK, C. S. A era da indeterminação. São Paulo: Boitempo, 2007.

PRIETO, G.; VERDI, E. F. Irmãos na Terra Prometida: crime, Igreja e regularização fundiária em São Paulo. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, n. 85, p. 55-73, ago. 2023.

PRIETO, G. et al. Sobrevivendo no inferno da violência da urbanização: crime, colapso e as novas fronteiras da produção do espaço contemporâneo. In: XX ENCONTRO NACIONAL DA ANPUR. Anais… Belém: Anpur, 2023.

RANCIÈRE, J. O desentendimento. São Paulo: Editora 34, 1996.

RIZEK, C. S. Comunidades e pobreza urbana: do protagonismo à gestão? In: XII ENCONTRO NACIONAL DA ANPUR. Anais… Belém: Anpur, 2007.

RIZEK, C. S. Produção de moradia e produção urbana: políticas sociais, consensos, desmanches e violência de Estado. In: BARROS, J.; COSTA, A. D. da; RIZEK, C. S. (Orgs.). Os limites da acumulação, movimentos e resistência nos territórios. São Carlos: IAU-USP, 2018. p. 13-25.

RIZEK, C. S. Um mosaico macabro: modulações contemporâneas sobre trabalho, moradia e violência de Estado. Proposta: Revista de Debates da Fase, v. 42, n. 129, p. 10-19, 2019.

RIZEK, C. S. Etnografia. In: JACQUES, P. B. et al. (Orgs.). Laboratório urbano: pequeno léxico teórico-metodológico. Salvador: Edufba, 2022.

ROLNIK, R. A abolição do termo “aglomerados subnormais” é passo importante para o rompimento de uma economia política das cidades cimentada na exclusão. LabCidade, 2023. Disponível em: https://www.labcidade.fau.usp.br/a-abolicao-do-termo-aglomerados-subnormais-e-passo-importante-para-o-rompimento-de-uma-economia-politica-das-cidades-cimentada-na-exclusao/. Acesso em: 21 dez. 2024.

SANTOS, R. A.; GUERREIRO, I. de A. Ocupações de moradia no centro de São Paulo: trajetórias, formas de apropriação e produção populares do espaço – e sua criminalização. In: ROLNIK, R. et al. (Orgs.). Cartografias da produção, transitoriedade e despossessão dos territórios populares. São Paulo: LabCidades/USP, 2020. p. 289-326.

TELLES, V. D. S.; HIRATA, D. V. Cidade e práticas urbanas: nas fronteiras incertas entre o ilegal, o informal e o ilícito. Estudos Avançados, v. 21, n. 61, p. 173-91, dez. 2007.

TELLES, V. Ilegalismos urbanos e a cidade. Novos Estudos Cebrap, v. 84, 2009.

TSING, A. Friction: An Ethnography of Global Connection. Princeton: Princeton University Press, 2004.

VALLADARES, L. do P. A invenção da favela: do mito de origem a favela.com. Rio de Janeiro: FGV, 2005.

WACQUANT, L. As prisões da miséria. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

WACQUANT, L. Punir os pobres: a nova gestão da miséria nos Estados Unidos. Rio de Janeiro: Revan, 2007.

Published

2025-02-18

How to Cite

Gonçalves, A. L. V., & Rizek, C. S. (2025). Naming names: an essay on native categories and their political implications. Revista Brasileira De Estudos Urbanos E Regionais, 27(1). https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202503pt

Issue

Section

Dossiê: A ‘poli-periferia’ e o ‘giro periférico’ nos estudos urbanos

Categories