Ex nihilo nihil fit – New cities as territorial infrastructures in Brazil and Portugal
DOI:
https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202428ptKeywords:
History of Regional Planning, Capitalocene, Territory, Urbanization, Amazonia, Sines, EcosystemsAbstract
The pre-foundational stages of new cities are marked by several decisive elements that ultimately led to their genesis. The reason for their existence and where they materialize necessarily depend on decisions made by agents, institutions and specific political-economic-social circumstances that have guided each of these undertakings. In some cases, new cities have not only involved the destruction of local ecosystems (human and natural) but even their eventual disappearance, within a context whereby the human species has simply viewed them as being subsidiary (almost always superfluous) to pursuing its colonizing determinations. The aim of this article, which is the result of post-doctoral research, is to characterize new cities, those intentionally created and professionally designed, as infrastructural devices for territorial activation and urbanization. Rather than being the end-products of a political-spatial dynamic, could these cities be understood as intermediary cogwheels for productive and extractive activities? In the pursuit of an answer, attention has been focused on the cities founded in the central-south region of the Amazon (Brazil) and in the Sines region (Portugal) during the 1970s, all of which emerged from developmentalism, state authoritarianism, the dynamics of capitalization and accumulation and the expanded participation of private sectors. While maintaining the due proportions and scalar differences, the processes of occupation, colonization, infrastructure development, and exploitation of natural assets characterize both territories, including the predatory urban planning practices that are harmful to local ecosystems. Thus, these cities have become our exploratory field in this investigation, conducted through an historical perspective, underpinned by consultations with primary and secondary sources and on-site visits. With an understanding that “nothing comes from nothing”, this study qualifies each new city as a representation of the conditions that led to its birth and its strategic position in the recent capitalist system.
Downloads
References
AMATO, G. Porto de Sines é alternativa de Portugal para levar gás de outros países à Europa. Portal Giro; O Globo, 9 mar. 2022. Available at: https://blogs.oglobo.globo.com/portugal-giro/post/porto-de-sines-e-alternativa-de-portugal-para-levar-gas-de-outros-paises-europa.html. Accessed on: February 20, 2023.
ASCHER, F. Os novos princípios do urbanismo. São Paulo: Romano Guerra, 2010.
BECKER, B. K. Geopolítica da Amazônia – A nova fronteira de recursos. In: VIEIRA, I. (org.). As Amazônias de Bertha K. Becker: ensaios sobre geografia e sociedade. Rio de Janeiro: Garamond, 2015 [1982]. v. 1.
BOUMAZA, N. et al. Villes réelles, villes projetées: fabrication de la ville au Maghreb. Paris: Maisonneuve & Larose, 2006.
BOYER, J.-M. La programation urbaine et architecturale: L’Expérience des villes nouvelles. Paris: École des Hautes Études en Sciences Sociales, 1983.
BRASIL. I Plano Nacional de Desenvolvimento (PND): 1972/74. Rio de Janeiro: IBGE, 1971.
BRASIL. Presidência da República. II Plano Nacional de Desenvolvimento (1975-1979). Rio de Janeiro: IBGE, 1974.
BRENNER, N. A hinterlândia, urbanizada? In: Espaços da urbanização: o urbano a partir da teoria crítica. Rio de Janeiro: Letra Capital: Observatório das Metrópoles, 2018. p. 311-322.
CAETANO, M. A. L. Political activity in social media induces forest fires in the Brazilian Amazon. Technological Forecasting and Social Change, v. 167, jun. 2021. Available at: https://doi.org/10.1016/j.techfore.2021.120676. Accessed on: October 8, 2021.
CARDOSO, A. C. D. A trama dos povos da floresta: Amazônia para além do verde. Revista da UFMG, Belo Horizonte, v. 28, n. 3, p. 57-87, 2023. Available at: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadaufmg/article/view/46237. Accessed on: February 8, 2024.
CHAUÍ, M. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1980.
CIDADE NOVA de Santo André: desenho urbano. Parte 1. Autor: Manuel da Graça Dias. Realizador: Edgar Feldman. Série: Ver Artes. Sines: RTP 2, 1996. (23’29”), som mono, color. 4:3 PAL. Available at: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/cidade-nova-de-santo-andre-parte-i/. Accessed on: March 10, 2023.
CIDADE NOVA de Santo André. Parte 2. Autor: Manuel da Graça Dias. Realizador: Edgar Feldman. Série: Ver Artes. Sines: RTP 2, 1996. (24’25”), som mono, color. 4:3 PAL. Available at: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/cidade-nova-de-santo-andre-parte-ii/. Accessed on: March 10, 2023.
COHEN, P. Portugal Could Hold an Answer for a Europe Captive to Russian Gas. The New York Times. New York, 1 set. 2022. Available at: https://www.nytimes.com/2022/09/01/business/economy/portugal-russia-natural-gas.html. Accessed on: July 12, 2023.
CORBOZ, A. Le territoire comme palimpseste. In: CORBOZ, A. Le Territoire comme palimpseste et autres essais. Besançon: Ed. de l’Imprimeur, 2001 [1983]. p.209-229.
COSTA, W. et al. Amazônia do futuro: o que esperar dos impactos socioambientais da Ferrogrão? Policy Brief – CSR. Belo Horizonte: UFMG; Centro de Sensoriamento Remoto, nov. 2020.
DAVIS, C. et al. Social media are fuelling the Amazon’s destruction. Nature, v. 580, n. 7803, p. 321. DOI: 10.1038/d41586-020-01078, 14/04/2020. Disponível em: https://www.nature.com/articles/d41586-020-01078-1. Acesso em: 14 nov. 2020.
DOMINGUES, A. A Rua da Estrada. Cidades, Comunidades e Territórios, n. 20/21, p. 59-67, dez. 2010.
DOMINGUES, A. Paisagens transgénicas. Lisboa: Museu da Paisagem, 2021.
ELIAS, D. Uma radiografia das “cidades do agronegócio”. Outras palavras. 6 jun. 2022. Available at: https://outraspalavras.net/cidadesemtranse/uma-radiografia-das-cidades-do-agronegocio/. Accessed on: July 25, 2022.
FERNANDES, A. Decifra-me ou te devoro: Urbanismo corporativo, cidade-fragmento e dilemas da prática do Urbanismo no Brasil. In: GONZALES, S. F. N.; FRANCISCONI, J. G.; PAVIANI, A. Planejamento e Urbanismo na atualidade brasileira: objeto teoria prática. São Paulo; Rio de Janeiro: Livre Expressão, 2013. p. 83-107.
FERNANDES, F. S. Os empresários de Marcello Caetano: Os grandes anos de investimento público e privado, entre 1968-1974, e as guerras empresariais. Lisboa: Casa das Letras, 2018.
FERREIRA, S. B. de S. A cultura técnica e profissional de projetistas de cidades de colonização no norte do Paraná e no norte de Mato Grosso, 1950-1978. 2017. Tese (Doutorado em Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo) – Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2017.
FONSECA, P. C. D. Desenvolvimentismo: a construção do conceito. In: CALIXTRE, A. B.; BIANCARELLI, A. M.; CINTRA, M. A. M. (ed.). Presente e futuro do desenvolvimento brasileiro. Brasília, DF: Ipea, 2014. p. 29-78.
FURTADO, C. O mito de desenvolvimento econômico. São Paulo: Círculo do Livro, 1985.
GAS. Gabinete da Área de Sines. Estudo para localização de uma área concentrada de indústrias de base. Lisboa: Imprensa Nacional, 1971.
GAS. Gabinete da Área de Sines. Plano Geral da Área de Sines. Lisboa: Imprensa Nacional; Casa da Moeda, 1973.
GASPAR, O. R. A cidade científica perdida no meio da mata. Jornal O Estado de S. Paulo. São Paulo, 25 jul. 1976.
GRANDES, A. Despolítica. Jornal El País, 26 set. 2011. Available at: https://elpais.com/diario/2011/09/26/ultima/1316988001_850215.html. Accessed on: June 12, 2023.
HARAWAY, D. Antropoceno, Capitaloceno, Plantationoceno, Chthuluceno: fazendo parentes. ClimaCom Cultura Científica – pesquisa, jornalismo e arte, ano 3, n. 5, p. 139-146, abr. 2016.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Regiões de Influência das Cidades – REGIC. Rio de Janeiro: IBGE, 2018.
KAYATH, H. C. O desenvolvimento da Amazônia. Brasília, DF: Ministério do Interior: Sudam, 1989.
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
LATOUR, B. Cogitamus: seis cartas sobre as humanidades científicas. São Paulo: Editora 34, 2016.
LEFEBVRE, H. A revolução urbana. Belo Horizonte: EdUFMG, 2008 [1970].
LEME, M. C. da S. (org.). Urbanismo e política no Brasil nos anos 1960. São Paulo: Annablume, 2019.
LENCIONI, S. Região e Geografia. A noção de região no pensamento geográfico. In: CARLOS, A. F. A. (org.). Novos caminhos da geografia. São Paulo: Contexto, 2005. p.187-204.
LOBATO, S. Os empresários e a Amazônia: Planejamento regional e protagonismo empresarial no início da Ditadura Militar (1964-1966). In: REIS, T. S. et al. (org.). Coleção História do Tempo Presente. Boa Vista: Editora da UFRR, 2020. v. III, p. 92-115.
MACHADO, A. de A.; TREVISAN, R. Programas Especiais do II PND e a urbanização do centro-norte brasileiro. CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UnB, 29., e CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO DF, 20., 2023, Brasília, DF. Anais [...]. Brasília, DF: UnB, 2023.
MARTINS, G. C.; DIAS, F. S. A componente urbana de Sines. Arquitectura e Vida, Lisboa, n. 79, p. 68-73, fev. 2007.
MATOS, F. G. de. Entrevista cedida aos autores, em 12 de setembro de 2023. Sines: Edifício Técnico São Marcos, 2023.
MENDES, R. A arquitetura como “invenção” do território: Brasília (1960), Cidade Nova de Santo André (Sines 1970) e Montijo Cidade Parque (2020). In: ALBANO, A. L.; GARCIA, C. da C.; PEIXOTO, E. R. (org.). Café com Europa: Brasília 60. Brasília, DF: FAU-UnB, 2020. p.126-171.
MINTER. Ministério do Interior. Programas Especiais de Desenvolvimento Regional das Regiões Amazônica e Centro-Oeste: Síntese das realizações no período 1979-1983. Brasília, DF: Minter, 1984.
MINTER; SUDAM. Ministério do Interior; Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia. Amazônia: novo universo. Belém: Sudam, 1975.
MIRANDA, M. H. S. P. de. Amazônia: Organização do espaço urbano e regional. Revista Geográfica, v. 105, p. 107-118, 1987.
MONTE-MÓR, R. L. de M. Urbanização extensiva e lógicas de povoamento: um olhar ambiental. In: SANTOS, M. et. al. (org.). Território, globalização e fragmentação. São Paulo: Hucitec: Anpur, 1994. p. 169-181.
NOVAAGRI – TOYOTA TSUSHO GROUP. Home. Available at: https://novaagri.com.br/ativos/sinop-mt. Accessed on: November 10, 2023.
OLIVEIRA, A. F. de B. S. C. Cidade Nova – a construção social de uma cidade. Estudo de caso de um projeto de políticas públicas de desenvolvimento regional. 2020. Tese (Doutoramento em Sociologia) – Instituto de Investigação e Formação Avançada, Universidade de Évora, Évora, 2020.
OLIVEIRA, K. D.; CARDOSO, A. C. D.; LIMA, A. P. C.; CASTRO L. O modelo de cidade moderna: análise da forma dos planos da Nova Marabá/PA. Revista Paisagens Híbridas. Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, p. 64-91, jan./mar. 2023.
PASSOS, M. M. dos. A Cuiabá-Santarém (BR-163) no contexto da ocupação da Amazônia brasileira. Revista Geográfica de América Central, Costa Rica, n. esp. EGAL, p. 1-28, 2011.
PEREIRA, M. da S. Pensar por nebulosas. In: JACQUES, P. B.; PEREIRA, M. da S. (org.). Nebulosas do pensamento urbanístico: tomo I – modos de pensar. Salvador: EDUFBA, 2018. p. 236-261.
PERROUX, F. A new concept of development: Basic Tenets. London; Canberra; Paris: Croom Helm; Unesco, 1983.
PORTUGAL. Assembleia Nacional. Plano Intercalar de fomento para 1965-1967. Lisboa: Imprensa Nacional; Casa da Moeda, 1965.
PORTUGAL. Decreto-Lei n.º 270/71, de 19 de junho [de 1971]. Cria o Gabinete do Plano de Desenvolvimento da Área de Sines, destinado a promover o desenvolvimento urbano-industrial da respectiva zona. Diário da República: Lisboa, 19 jun. 1971.
PORTUGAL. Lei nº 74/91, de 9 de fevereiro [de 1991]. Elevação do Centro Urbano de Santo André à categoria de vila. Diário da República: Lisboa, 16 ago. 1991.
PORTUGAL. Ministério da Economia. Plano de Fomento. Lisboa: MEU, 1953. v. 1 e 2.
PORTUGAL. Presidência do Conselho de Ministros. Plano de Fomento para 1959-64. Lisboa: Imprensa Nacional; Casa da Moeda, 1959.
PORTUGAL. Presidência do Conselho. III Plano de Fomento para 1968-73. Lisboa: Imprensa Nacional de Lisboa, 1968. v. 1, 2 e 3.
PORTUGAL. Presidência do Conselho. III Plano de Fomento: programa para execução para 1971. Lisboa: Imprensa Nacional; Casa da Moeda, 1971.
PORTUGAL. Presidência do Conselho. III Plano de Fomento: programa para execução para 1973. Lisboa: Imprensa Nacional; Casa da Moeda, 1973.
POTTIER, P. Axes de communication et développement économique. Revue économique, v. 14, n. 1, p. 58-132, 1963.
PREITE SOBRINHO, W. Novo trem na Amazônia ignora 4 ferrovias e pode devastar um estado do Rio. Portal UOL – Meio Ambiente, 3 jul. 2023. Available at: https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2023/07/03/ferrograo-amazonia-ferrovia.htm. Accessed on: July 13, 2023.
RAISG. Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada. Amazônia sob pressão. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2021.
ROCHA, G. de M. Vilas e cidades e a Usina Hidrelétrica Tucuruí. In: CASTRO, E. (org.). Cidades na Floresta. São Paulo: Annablume, 2008. p. 283-307.
SANTOS, M. O retorno do território. OSAL: Observatorio Social de América Latina, Buenos Aires, CLACSO, ano 6, n. 16, p. 251-261, jun. 2005 [1994].
SECCHI, B.; VIGANÒ, P. Le Diagnostic prospectif de l’agglomération parisienne. Milan: Studio 09, 2009.
ANOS: o passado nos orgulha e o futuro nos inspira. Direção: Daniel Ludwig. Roteiro: Luciano Vendrame. Sinop: Grupo Sinop; Colonizadora Sinop; L8 Filmes, 2013. (72 min). Available at: https://www.youtube.com/watch?v=x4-5nm0oYXw&t=264s. Accessed on: June 12, 2023.
SINACEUR, M. A. Development – to what end? In: PERROUX, F. A new concept of development: Basic Tenets. London; Canberra; Paris: Croom Helm; Unesco, 1983 [1981]. p. 1-11.
SUDAM. Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia. Operação Amazônia – Relatório Ministerial. Belém: Sudam. Ministério Extraordinário para a Coordenação dos Organismos Regionais, 1966.
SUDAM. Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia. O novo sistema de ação do governo federal na Amazônia: legislação básica. Rio de Janeiro: Spencer, 1967.
SUDAM. Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia. Operação Amazônia (Discursos). Belém: Serviço de Documentação e Divulgação, 1968.
TAVARES, J. C. Infraestrutura na construção do território nacional, décadas de 1930 a 1970: arquitetura, urbanismo e as redes. Oculum Ensaios, Campinas, v. 17, e204319, p. 1-19, 2020.
TAVARES, J. C. Planejamento federal dos anos 1930 aos anos 1970: funções regionais das cidades e a organização do território nacional. In: FELDMAN, S. (org.). Instituições de urbanismo no Brasil: 1930-1979. São Paulo; São Carlos: Annablume; IAU/USP, 2023. p. 143-184.
TREVISAN, Ricardo. Cidades Novas. Brasília, DF: EdUNB, 2020.
TRINDADE JR., S.-C. C. da. Cidades na floresta: os “grandes objetos” como expressões do meio técnico-científico informacional no espaço amazônico. Revista IEB, São Paulo, n. 30, p. 113-137, set. 2009/mar. 2010.
TRINDADE JR., S; ROCHA, G. Cidade e empresa na Amazônia: uma apresentação do tema. In: TRINDADE JR., S., ROCHA, G. (org.). Cidade e empresa na Amazônia: gestão do território e desenvolvimento local. Belém: Paka-Tatu, 2002. p. 13-23.
ULLOA, A. A Era do Ser Humano: Vivemos no Capitaloceno? Humboldt – Revista de Cultura. América do Sul e Alemanha, abr. 2019. Available at: https://www.goethe.de/prj/hum/pt/dos/kos/21539326.html. Accessed on: August 14, 2023.
VILELA, N. B. T.; TREVISAN, R. Infraestrutura e território: Cidades novas à margem da BR-163. ENCONTRO NACIONAL DA ANPUR, 19., 2022, Blumenau. Anais [...]. Blumenau: Fundação Universidade Regional de Blumenau, 2022. Tema: Planejando o urbano e o regional – Organizando a esperança.
WEBER, M. A ética protestante e o ''espírito'' do capitalismo”. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
Published
How to Cite
Issue
Section
License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
1) Authors who publish in RBEUR retain the rights to their work and assign to the journal the right to first publication, performed under the Creative Commons Attribution License that allows work to be shared and assures the recognition of authorship and of the original publication vehicle, to RBEUR.
2) Authors are free to assume additional contracts separately, for publication and non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (e.g., publishing in an institutional repository or as a book chapter), reaffirming the authorship and recognition of the original publication vehicle, to RBEUR.