A convivência com os riscos relacionados às barragens no semi-árido nordestino: conflitos entre representações e práticas sociais
DOI:
https://doi.org/10.22296/2317-1529.2006v8n1p79Keywords:
barragens, grandes projetos, água, desastres, semi-árido, Nordeste.Abstract
O objetivo deste artigo é, numa perspectiva crítica, focalizar a racionalidade e as práticas sociopolíticas características do gerenciamento de riscos relacionados às barragens no Nordeste do Brasil. O texto procura mostrar que a barragem pode constituir um outro desastre, ao mesmo tempo em que não impede que secas e cheias ocorram, aumentando, conseqüentemente, a vulnerabilidade da população.
Downloads
References
ANDRADE, M. C. Territorialidades, desterritorialidades, novas territorialidades: os li mites do poder nacional e do poder local. In: SANTOS, M.; SOUZA, M. A. A.; SILVEIRA, M. L. (Orgs.). Território, globalização e fragmentação. São Paulo: Editora Hucitec/Anpur, 1994. p.213-20.
BARTOLOMÉ, L. J. Esquemas de reassentamento populacional como processos sociais: questões conceituais e metodológicas. In: BARTOLOMÉ, L. J. Barragens, desenvolvimento e meio ambiente. São Paulo: Édile Serviços Gráficos e Editora, 2000.
BECK, U. A. Reinvenção da política: rumo a uma teoria da modernização reflexiva. In: GIDDENS, A.; BECK, U.; LASH, S. (Orgs): Modernização reflexiva: política, tradição e estética na ordem social moderna. São Paulo: Ed. Unesp, 1997. p.11-71.
BONETI, L.W. O silêncio das águas: políticas públicas, meio ambiente e exclusão social. Ijuí-, RS: Editora Unijuí, 1998. BOURDIEU, P. A miséria do mundo. Petrópolis: Vozes, 1997.
BRAGA, R. Dicionário geográfico e histórico do Ceará. Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará, 1967.
BRASÍLIA. Ministério da Integração Nacional. Prevenção e minimização dos riscos de acidentes com barragens. Brasília, 2006. Disponível em http://www.integracao.gov.br/ infraestruturahidrica/index.asp?area=SIH%20-%20Situa%E7%E3o%20de%20 Barragens. Acessado em 8.7.2006.
CÉSAR, C. O pioneirismo na luta pelo desenvolvimento do Nordeste. Fortaleza: DNOCS Especial, Editado pela Divisão de Comunicação Social, dez. 1997.
DNOCS. O Nordeste. Fortaleza: DNOCS, s.d. p.13-35.
DOMBROWSKY, W. R. (1998). Again and again: is a disaster what we call a ‘disaster’? In: QUARANTELLI, E. L. (ed). What is a disaster? Perspectives on the question. London/New York: Routlegde, 1998. p.19-30.
DOUGLAS, M. Risk and blame: essays in cultural theory. New York, Routledge: 1994.
ELIAS, N.; SCOTSON, J. Os estabelecidos e os outsiders: sociologia das relações de poder a partir de uma pequena comunidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.
GIULIETTI, A. M. et al. Rumo ao amplo conhecimento da biodiversidade do semi-árido brasileiro, 2006. Disponível em http://www.uefs.br/ppbio/cd/portugues/introducao.htm/Acessado em 16.8.2006
GONÇALVES, J. C. Propriedade e desapropriação:aconstrução de usinas hidroelétricas e seu impacto sobre o mercado de terras. São Carlos, 1999. Monografia (Graduação) – Universidade Federal de São Carlos.
IRWIN, A. Sociology and the environment: a critical introduction to society, nature and knowlegde. Cambridge and Malden: Polity Press and Blackwell Publishers Ltd., 2001.
MARTINS, H. Para uma sociologia das calamidades revista e ampliada. Lisboa, Episteme, ano II, p.31-67, set. 1999/fev. 2000.
MCCULLY, P. Silenced rivers: the ecology and politics of large dams. London/New Jersey: Zed Books and International Rivers Network, 1996.
MENESCAL, R. et al. Acidentes e incidentes com barragens no Estado do Ceará. In: MENESCAL, RA segurança de barragens e a gestão de recursos hídricos no Brasil. 2.ed. Brasília: Proagua, 2005a. p.55-77.
MENESCAL, RUma metodologia para avaliação do potencial de risco em barragens do semiárido. In: MENESCAL, RA segurança de barragens e a gestão de recursos hídricos no Brasil. 2.ed. Brasília: Proagua, 2005b. p.137-54.
MONTE, F. S. S. Uso e controle das águas no processo de modernização do Estado do Ceará: ocaso da barragem do Castanhão.Rio de Janeiro: 2005. Tese (Doutorado) – Ippur da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
PINHEIRO, L. C. M. Notas sobre as secas. Fortaleza, Boletim do DNOCS, n.6, v.20, p.56-133, nov. 1959.
QUARANTELLI, E. L. Introdution. In: QUARANTELLI, E. L. (ed.). What is a disaster? Perspectives on the question. London/New York: Routlegde, 1998. p.1-8.
SANTOS, M. Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científico informacional. São Paulo: Editora Hucitec, 1998.
VAINER, C. B. Grandes projetos e organização territorial: os avatares do planejamento regional. In: MARGULIS, S. (Ed.) Meio ambiente: aspectos técnicos e econômicos. Brasília: Ipea, 1990. p.179-211.
VALENCIO, N. F. L. S. Grandes Projetos Hídricos no Nordeste: implicações para a agricultura do semi-árido. Natal: Ed. UFRN, 1995.
VALENCIO, N. F. L. S. Dimensões psicossociais e político-institucionais do desastre de Camará (PB): limitações da resposta da Defesa Civil frente ao rompimento de barragens. ENCONTRO CIÊNCIAS SOCIAIS E BARRAGENS. Rio de Janeiro: Anais Ippur/UFRJ, 2005. 20p. (CD).
VALENCIO, N. F. L. S. et al. Grandes Projetos Hídricos no Estado de São Paulo: análise comparativa dos padrões de desenvolvimento das áreas de influência direta dos reservatórios de Barra Bonita e Jurumirim. São Carlos: UFSCar, 1998. (Relatório de pesquisa.)
VALENCIO, N. F. L. S.; GONÇALVES, J. C. Da confiança à fatalidade: colapso de barragens como limite ao paradigma da modernização? João Pessoa, Política e Trabalho, v.25, p.203-22, out. 2006.
VIOTTI, C. B. Barragens e energia hidroelétrica na América Latina. São Paulo: Édile Serviços Gráficos e Editora, 2000. p.101-11.
WEBER, M. Ensaios de sociologia. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara & Koogan, 1982.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2017 Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
1) Authors who publish in RBEUR retain the rights to their work and assign to the journal the right to first publication, performed under the Creative Commons Attribution License that allows work to be shared and assures the recognition of authorship and of the original publication vehicle, to RBEUR.
2) Authors are free to assume additional contracts separately, for publication and non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (e.g., publishing in an institutional repository or as a book chapter), reaffirming the authorship and recognition of the original publication vehicle, to RBEUR.