A Santa Casa de Misericórdia do Recife: lógica rentista e conservação dos seus bens patrimoniais | The Santa Casa de Misericórdia of Recife: rental-income logics and conservation of its heritage assets

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22296/2317-1529.2019v21n3p605

Palavras-chave:

Santa Casa de Misericórdia, Centro Histórico, conservação de bens patrimoniais, lógica rentista, mercado de aluguel.

Resumo

A Santa Casa de Misericórdia, instituição beneficente criada em Portugal em 1498, aportou, no século XVI, nas primeiras formações urbanas do Brasil colonial. Durante a realização da pesquisa sobre o mercado imobiliário no Centro Histórico do Recife (CHR), entre 2012 e 2016, surpreendemo-nos com a elevada quantidade de imóveis alugados da Santa Casa de Misericórdia da capital pernambucana. Isso nos impulsionou a averiguar a sua função como agente imobiliário rentista e suas implicações na conservação do seu patrimônio. Para tanto, foram analisadas a formação desse patrimônio – tributária de doações/heranças com vistas à salvação da alma –, a sua lógica rentista e a relação entre a rentabilidade e a conservação dos seus bens patrimoniais no CHR.

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Biografia do Autor

Luanancy Lima Primavera, Universidade Federal de Pernambuco

Arquiteta e Urbanista - Mestranda do MDU/UFPE

Norma Lacerda, Universidade Federal de Pernambuco

Professora Titular do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE, coordenadora do Grupo de Pesquisa em Mercado Imobiliário e Fundiário - GEMFI

Priscila Vasconcelos, Universidade Federal de Pernambuco

Professora Adjunta do Departamento de Ciências Geograficas da UFPE, pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Mercado Imobiliário e Fundiário - GEMFI

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Publicado

2019-07-19

Como Citar

Primavera, L. L., Lacerda, N., & Vasconcelos, P. (2019). A Santa Casa de Misericórdia do Recife: lógica rentista e conservação dos seus bens patrimoniais | The Santa Casa de Misericórdia of Recife: rental-income logics and conservation of its heritage assets. Revista Brasileira De Estudos Urbanos E Regionais, 21(3), 605. https://doi.org/10.22296/2317-1529.2019v21n3p605

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